Nos meses mais quentes do ano, além das férias e festas, o assunto mais recorrente nas rodinhas de pais de crianças pequenas é o desfralde. Acredita-se que com a chegada do calor a criança consiga ‘segurar’ melhor o xixi e, assim, aprender a usar o vaso sanitário com mais facilidade. É o sonho da economia com fraldas! Mas antes de correr para desfraldar a criança, que muitas vezes ainda é um bebê, é preciso fazer uma simples e honesta pergunta: “Será que o meu filho(a) está pronto(a)?”. E a resposta virá da observação.
Pular com os dois pés juntos pode ser um indício de que o pequeno já está sabendo controlar os músculos dos membros inferiores, onde também fica o esfíncter. Mas é preciso lembrar que a criança precisa estar preparada emocionalmente para mais essa importante etapa de seu desenvolvimento, assim como o andar e o falar. E é por isso que realizar o desfralde em grupo pode gerar muita frustração em alguns. “Na Kindergarten Recreio não realizamos o desfralde coletivo, pois entendemos que cada criança tem seu tempo de maturidade para sinalizar suas necessidades fisiológicas. E este é um momento íntimo e delicado para a criança e sua família”, salienta Caroline Menezes, Diretora Operacional da creche-escola.
Segundo Caroline, quando os educadores percebem que a criança já está pronta para o desfralde, os pais são chamados para uma conversa sobre o assunto. “É importante que a família também esteja preparada, para que a criança não fique confusa. Família e escola devem estar sintonizadas nesta etapa para o sucesso do processo”, avisa. E explica que, quando o desejo do desfralde parte dos pais, mas a escola sente que ainda não é o momento certo para aquela criança, uma conversa franca também acontece: “Lembramos que este marco varia de criança para criança e que não devemos realizar comparação”.
Mas quando chega a hora a palavra de ordem é paciência, já que escapes e idas demoradas ao banheiro fazem parte do processo. “Para o desfralde solicitamos muitas peças extras de roupas, de preferência peças íntimas coloridas e divertidas e fáceis de vestir”, explica Caroline, que orienta que esse seja um momento leve e prazeroso para a criança. “Conversamos muito com elas e de forma alegre. É um período que requer muito amor e comemoração de cada vitória”, recomenda.
- Fórmulas mágicas não existem
- Cada criança reage de um jeito: para uns é mais difícil controlar o xixi, para outros, o cocô
- Desfralde diurno e noturno não precisam andar juntos
- Não brigue e nem dê castigos: o desfralde é uma etapa muito difícil para as crianças
- Não existe idade certa para o desfralde
- Se a criança avisa que quer ir ao banheiro, se interessa pelo uso do sanitário e se incomoda
- Ler histórias no banheiro – de preferência sobre o tema – é uma ajuda e tanto para a criança perceber que fazer cocô é natural
- Meninos não precisam fazer xixi em pé se não se sentirem confortáveis
- O uso de assentos, mictórios ou penicos coloridos pode tornar esse momento mais divertido
- Tenha paciência: essa fase difícil vai passar!
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