Carolina Barra faz parte do time da Kindergarten Recreio desde que a creche-escola recebeu seus primeiros alunos. Hoje, quase dois anos depois, a professora de inglês garante que vê muita diferença nas crianças que começaram a ter contato com o idioma ainda bem pequenas. “Um dos primeiros alunos a se matricular na creche tem aula de inglês comigo desde bebê. Quando ele entrou, ainda nem conseguia sentar. E agora está no Maternal 1, começando a falar em português e também em inglês. Ele canta músicas em inglês, eu pergunto e ele sempre sabe responder. Tem uma facilidade muito grande porque ele tem esse contato com o inglês desde bebezinho. Então às vezes a gente acha que não tem diferença das crianças nessa faixa etária, mas tem muita diferença sim”, garante.
Para Carolina, que também é Orientadora Pedagógica da creche, o fato de as aulas de inglês acontecerem diariamente é outro ponto positivo para o aprendizado dos pequenos. “Já trabalhei em escolas onde o inglês era 2 ou 3 vezes por semana e faz muita diferença ser diário. As crianças têm uma facilidade maior de assimilar o vocabulário se tiverem contato todo dia com o idioma”, explica.
Segundo Carolina Barra, suas aulas são sempre lúdicas e divertidas, justamente para atrair a atenção e despertar o interesse dos alunos. “Gosto muito de trabalhar com música, atividades corporais, dança, histórias. Com as crianças menores eu conto os clássicos infantis, como ‘Os 3 Porquinhos’ e ‘Branca de Neve’. É ótimo porque eles já estão familiarizados e entendem os termos que eu falo em inglês porque conhecem as histórias em português. Com os maiores já conto histórias inéditas de autores estrangeiros e eles conseguem entender o contexto. Com eles também faço muitas gincanas, peço para levar determinada fruta a um animal específico, tudo em inglês. E eles correspondem. O retorno deles é muito rico”, vibra.
O que Carolina dispensa mesmo é a repetição de palavras ou frases. “Isso, na minha opinião, não funciona pra nenhuma faixa etária. Eu não quero que para acriança o inglês seja uma repetição. Eu quero que ela perceba de maneira natural que eu estou falando uma língua diferente e que ela compreenda desta forma”, avalia. E afirma que isso acontece ao longo das aulas: “Em um primeiro momento a criança compreende o que eu estou falando, mas não me responde em inglês. Ela responde em português, mas eu consigo perceber que ela entendeu o que eu perguntei. As crianças mais velhas já conseguem responder algumas coisas em inglês, mas ainda assim muitas respondem em português. Neste caso eu as estimulo a falar em inglês e consigo meu objetivo”.
Em seguida, Carolina detalha como faz para introduzir o novo idioma entre crianças de diferentes faixas etárias. “O Berçário 1 tem a aula mais diferente de todas as outras turmas. Como são muito pequenos e ainda não falam, uso a música na maior parte do tempo. Neste momento pretendo que eles se familiarizem com o som do inglês e a compreensão de comandos básicos. Também levo brinquedos com texturas para que eles toquem”, detalha. “No Berçário 2 a música também é parte fundamental, mas com as crianças um pouco maiores já consigo explorar jogos simples e vocabulário bem curto. Nesse ponto elas já conseguem associar gestos com os sons das músicas, essa é uma parte muito importante da aula”, explica.
Mas é no Maternal, quando acontece o início da oralidade, que a música perde gradativamente espaço para jogos, brincadeiras e gincanas. “Começo a falar frases mais curtas, eles já entendem bem os comandos e no Maternal 1 se arriscam a falar palavras. Quando passam para o Maternal 2 o vocabulário aumenta e já conseguimos ouvir deles as primeiras frases. Ainda curtas e simples, mas é um avanço muito grande”, conta, animada.
Nas turmas do Pré-escolar 1 e 2, Carolina garante que as crianças que estão acostumadas ao idioma desde cedo já começam a conhecer a estrutura das frases e conseguem elaborar suas próprias sentenças, de forma natural. “O que eu mais prezo é essa naturalidade. Eu quero que as crianças falem sem que eu tenha que pedir. Isso faz com que elas tenham uma fluência muito melhor mais pra frente”, avisa. E frisa: “Quanto mais nova a criança tem contato com o inglês, mais natural e mais fácil se torna o aprendizado desta língua estrangeira”
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